quarta-feira, 28 de junho de 2017

MARCOS, DO FRACASSO À FIDELIDADE


Texto básico:  Atos 15.36-39

João Marcos era parente de Barnabé e filho de Maria, em cuja casa a igreja primitiva se reunia em Jerusalém. Talvez Maria fosse uma mulher relativa­mente rica, pois tinha pelo menos uma empregada, Rode.

João era seu nome hebraico e Marcos seu nome romano. Importante observar que o seu nome romano se fez necessário em razão de o Império Romano estar presente em todas as regiões por onde viaja, na companhia dos apóstolos. Provavelmente ficou conhecido como Marcos após sua conversão ao cristianismo (guarde bem essa afirmação que será compreendida mais na frente). Seu desejo era espalhar o evangelho entre os gentios.

É interessante estudar a vida desse homem que aparentemente fracassou na obra do Senhor, mas com a graça de Deus conseguiu superar suas falhas.


O JOVEM QUE FUGIU DESNUDO (MC 14.51-52)


A maioria dos estudiosos do Novo Testamento acredita que Marcos é esse jovem que “fugiu desnudo” (Mc 14.52), por dois motivos:

- Primeiro, somente ele registra esse episódio; e
- Segundo, é provável que Marcos estivesse dormindo quando soube do que acontecia com Jesus no jardim. Só teve tempo de se cobrir com a capa e partir para o Getsêmani.

Com isso, João Marcos poderia estar dizendo que não era mais corajoso que o resto, mas pelo menos viu tudo acontecer” (Marcos, introdução e comentário, Dewey Mulholland, Edições Vida Nova, p.219).

É impressionante que João Marcos, mesmo mal vestido, seguia a Jesus, no caminho da cruz; quem sabe olhando de longe, mas o seguia. Mesmo sem preparo ou mal vestido, disfarçado, ele procurou seguir a Jesus. Mostrando dessa forma o seu amor pelo seu Mestre, que no momento estava enfrentando uma das horas mais difíceis e decisivas do Seu ministério, a chamada hora do Filho glorificar o Pai.


PARALELO DO NOME DE SAULO/PAULO COM O DE JOÃO/MARCOS


O apóstolo Paulo, antes de conhecer o Senhor Jesus no caminho de Damasco, era conhecido pelo seu nome judeu: Saulo (At 8 e 9), porém, apartir de At 13:9 Saulo passou a usar o seu nome gentílico: Paulo, e assim ficou conhecido dali em diante.

Facilmente podemos notar que até Marcos ter a sua vida transformada e se definir pelo evangelho o livro de Atos dos Apóstolos o chama ora pelo nome de João Marcos ora pelo nome de João, e jamais pelo nome gentílico de Marcos, vejamos:

- At 12:12 – “E, considerando ele isso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, ...”

- At 12:25 – “..., levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.

Obs.: Olha agora! quando eles vão para Chipre pregar para os gentis, João abandona o seu nome gentílico de Marcos, ao mesmo tempo em que Saulo adota, dali em diante, o seu nome gentílico de Paulo:

- At 13:5 – “E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.”

Ou seja, ignorou o sobrenome gentílico de Marcos e, logo em seguida, abandonou Paulo e Barnabé.

- At 13:13 – “E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.”

Diante do exposto, podemos chegar a seguinte conclusão: Marcos,  provavelmente, ainda não aceitava a pregação do evangelho para o povo gentílico. Provavelmente para Marcos o evangelho era de posse exclusiva dos judeus.

Prova disso é que quando João Marcos finalmente se definiu o livro de Atos - dalí em diante - passou a chama-lo de MARCOS. Vejamos:

- At 15:37 – “E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos.

Olhe agora a mudança...

- At 15:39 – “ E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a MARCOS, navegou para Chipe.”

OOOHHH GLÓRIA!!!! AGORA SIM SE DEFINIU COMO COOPERADOR!


SEU FRACASSO COMO MISSIONÁRIO (AT 12.25 – 13.13). SUA SEGUNDA CHANCE (AT 15.36-39; 2TM 4.11). RECOMEÇANDO DE ONDE PAROU...


Rejeitado por Paulo para a segunda viagem missionária, ele e Barnabé partiram para Chipre (At 15.38-40).

Ignoramos o que aconteceu realmente com Marcos em relação ao seu fracasso como missionário. Além do motivo exposto acima de que ele provavelmente não aceitava que o evangelho fosse levado para os gentís, podemos inferir que talvez fosse também por falta de experiência com Deus, ou de conversão; falta de convicção do seu chamado, ou saudades de casa, ou medo das dificuldades. Mas não devemos julgar! “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1).

Por ser bem jovem, o mais provável é que sua hora não havia chegado. O que aconteceu com Marcos tem se tornado um fenômeno que se repete, hoje, em nossas igrejas: pessoas querendo servir o Mestre, mas seguindo-O bem de longe, sem determinação e convicção verdadeira, e alguns até sem experiência de conversão. Ser um seguidor de Jesus é algo além do desejo de ser missionário ou acompanhante de uma caravana.

Tanto Marcos como qualquer um de nós que almejamos sermos usados na realização da obra de Deus, antes de tudo precisamos ser crentes firmes, e ter estrutura (física, psicológica, espiritual) para pagar o preço do ofício (Mc 8.34).

1 - MARCOS E BARNABÉ

Voltando um pouquinho no tempo, onde mesmo que Marcos havia abandonado Paulo e Barnabé????

- At 13:4 – “E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.”

Outra pergunta: E de onde foi o recomeço de Marcos???

- At 15:39 – “ E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipe.”

Graças a Deus, Barnabé deu uma segunda chance a João Marcos. Paulo e Barnabé estavam prontos a iniciar sua segunda viagem missionária, e Barnabé quis levar consigo o jovem que tinha fracassado na primeira viagem, porque podia enxergar o grande potencial na vida dele. Mas Paulo não tinha a mesma convicção.

O resultado foi que Paulo e Barnabé se separaram por causa de João Marcos (crente ainda indefinido).

Barnabé, “filho da exortação”, levou-o na sua viagem missionária a Chipre (v.39), dando-lhe a segunda chance. Não ouvimos mais nada negativo sobre a atuação de Marcos. Parece que Barnabé fez um bom trabalho ao discípulá-lo.

O preço de acompanhar o Mestre de longe e talvez a falta de quem o apoiasse, no início de sua carreira, fez de Marcos um crente volúvel.

Contudo o nosso Deus é fiel, ainda que sejamos infiéis. Deus nos leva de volta ao lugar dos nossos fracassos e nos ordena a começar tudo outra vez. Ele pode transformar a nossa falta de êxito em sucesso, porque é Ele quem nos dá o ministério (Jo 15.16). Foi assim com Moisés na volta ao Egito, e com Jacó na sua luta com Deus.

2 - MARCOS E PAULO

A recusa de Paulo de levar Marcos na Segunda Viagem Missionária pode­ria ter causado um distanciamento per­manente entre os dois, mas felizmente isto não aconteceu. Durante os últimos anos da vida de Paulo, Marcos, aquele que foi rejeitado pelo apóstolo, lhe fez companhia, permanecendo ao seu lado nas horas mais difíceis, vejamos:

a. Na carta aos Colossenses, Paulo escreveu que Marcos, sobrinho de Barnabé, estava com ele em Roma e possivelmente visitaria a igreja em Colossos (Cl 4.10).

Paulo disse que Aristarco, Marcos e Je­sus, conhecido por Justo, “são os únicos da circuncisão que cooperam pessoalmente comigo pelo reino de Deus” (Cl 4.11). Eles tinham animado Paulo na prisão.

b. Quando Paulo escreveu para Fi­lemom, colocou Marcos na lista dos seus cooperadores (Fm 24).

c. Paulo, escrevendo para Timóteo sua última carta antes de morrer, pediu que trouxesse Marcos, “pois me é útil para o ministério” (2Tm 4.11). Que mudança!

Marcos passou a ser uma bênção na obra do Senhor.
Dessa forma, entendemos que Marcos valorizou a segunda chan­ce recebida, e que o seu ministé­rio foi importante no começo da igreja.


AUTOR DO SEGUNDO EVANGELHO


Marcos contribuiu muito para o crescimento da igreja no pri­meiro século, embora não tenha se destacado na liderança como Paulo, Pedro ou Tiago. Ele impactou a igreja e, mais tarde, o mundo inteiro com seu evangelho – o primeiro dos quatro que foram escritos. Quem podia imaginar que aquele rapaz seria o autor do pri­meiro relato da vida, morte e ressurrei­ção de Cristo?

Após passar um período de sua vida com Paulo, Marcos passa a trabalhar com Pedro durante um tempo considerável do seu ministério, gozando da sua íntima amizade, e auxiliando-o como seu intérprete ou secretário. Pedro também aprende a amá-lo, a ponto de chamar Marcos de filho - 1Pe 5:13.

Neste período começou a escrever seu Evangelho. Estando na companhia de Pedro,  no ano 56,  com base nas informações obtidas com ele, escreve seu livro que vai ser a base para os outros evangelistas também escreverem posteriormente.

Apesar de ser o menor texto em comparação com os demais, o evange­lho de Jesus escrito por Marcos segue narrativa rápida, dinâmica e progressi­va. Parece que as informações nele con­tidas fluem com maior rapidez, mas sem perder a essência, nem detalhes impor­tantes e até diferentes dos demais.

Esse evangelho, de acordo com a tradição e vários comentaristas, foi direcionado ao povo romano e apresenta Cristo como O Servo do Senhor, enviado para realizar uma obra específica de Deus (cf. Is 24.41; 16.1-4). Marcos mostra como Cristo cumpriu as profecias a Seu respeito contidas no Antigo Testa­mento (Is 42.1-5; 49.1-7; 50.4-11, etc.). Ainda que Cristo seja apresentado em Marcos com o caráter de servo, o relato dos milagres realizados aponta para Seu poder como Filho de Deus.

Com certeza, Pedro e Marcos tinham um relacionamento espiritual muito achegado. Isso fica claro quando lemos o Evangelho de Marcos. O que ele escreveu reflete o que Pedro viu pessoalmente. Por exemplo, compare os relatos de uma tempestade no mar da Galiléia. Marcos acrescenta detalhes a respeito de onde no barco Jesus estava dormindo e em cima do que ele estava dormindo, coisas que um pescador como Pedro notaria. Por que não verificamos isso lendo e comparando juntos os relatos bíblicos de Mateus 8,24; Marcos 4,37-38; e Lucas 8,23?


CONCLUSÃO


Depois do que aprendemos da vida de Marcos, cabe a cada um de nós fazer uma reflexão muito séria sobre nossa atitude em relação às pessoas que aparen­temente fracassaram na obra do Senhor. Estamos dispostos a dar uma segunda chance a elas? E quando nós falhamos, estamos dispostos a dar a volta por cima e nos firmar no Senhor, no serviço do Mestre?

E com você, como foi o seu chamado? Você tem seguido o Mestre de longe ou de perto? O desafio que Deus tem lhe colocado é difícil? Como você tem participado dos ministérios de sua igreja? Que tal dar a volta por cima, para que o evangelho cresça, Deus seja glorificado e Sua igreja edificada?

Você tem duas opções na vida: ou continua no erro ou deixa de errar e amadurece. Ou você entra pra história como um “ jovem nu correndo nas ruas de Jerusalém e desertor, ou entra pra história como Um agente de milagre no ministério de três grandes pregadores e ensinadores; Jesus, Paulo e Pedro!

Aos que fraquejaram e aos que estão desanimados, É HORA DE DAR A VOLTA POR CIMA.

Fiquem na paz do Senhor Jesus!


Fontes: Fontes diversas da Internet, Pr. Nahur M. dos Santos, Pr.Israel Gonçalves e Mensagem do Pr Marcus Garcia.

terça-feira, 20 de junho de 2017

OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO E SUA IMPORTÂNCIA PARA JUDEUS E CRISTÃOS



Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente.

Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebraicas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado.

COMO SE DEU ESTA GRANDE DESCOBERTA

Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto.

Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido?

Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos despedaçados. Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”.

Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO.

Beduínos não marcam o tempo como os ocidentais, mas assemelham-se aos seus antepassados; sua concepção de tempo e momento está relacionada com outros acontecimentos. Assim, não se pode datar essa descoberta com precisão. Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936.

Antes dessa descoberta, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam do século IX d.C. ao século XI d.C. Tais manuscritos constituem aquele que é chamado de Texto Massorético, termo este originado da palavra hebraica masorah que significa “tradição”. Os escribas judeus de Tiberíades, denominados massoretas, procuraram meticulosamente padronizar o texto hebraico e sua pronúncia; a obra que realizaram ainda é considerada uma referência confiável nos dias de hoje.

Os manuscritos de Qumran são, no mínimo, mil anos mais antigos que o Texto Massorético. Na realidade, esses manuscritos são até mesmo mais antigos que a Septuaginta, uma tradução grega do Antigo Testamento elaborada no Egito durante o período de 300 a 200 a.C.

Os Manuscritos do Mar Morto são considerados a maior descoberta arqueológica do século XX. Alguns desses manuscritos ainda não foram decifrados pelos estudiosos, mas muitos deles já estão até disponíveis na internet.

Embora não haja prova concreta, as evidências mostram que os textos possam ter sido escritos por um grupo de judeus chamado de Essênios desde o século III a.C. até 70 anos após o nascimento de Jesus. Os Essênios eram uma tribo que discordava dos costumes da maioria dos judeus e por isso vivia isolada em Qumran.

A partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C.

A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extrabíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos.

Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua respectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca.

Na foto: as cavernas de Qumran.

Os fatores climáticos da região do Mar Morto foram essenciais para a preservação de todos esses objetos por tantos séculos, ao que parece, o local foi mesmo escolhido. A atmosfera no local é muito seca e quente e é o ponto mais baixo da Terra. Devido a esse clima e às suas águas serem as mais salgadas do mundo nenhum animal vive por lá. A maior parte dos manuscritos está exposta no Museu de Israel conservando as condições climáticas similares às do Mar Morto para preservação do material.


A importância desses textos para os cristãos é muito relevante. Eles são a prova de que a Bíblia é um livro totalmente verídico. Com exceção de algumas modificações de ortografia, os textos que temos nas escrituras de hoje são exatamente iguais aos encontrados nas cavernas. Isso mostra que é inválida a tese de alguns estudiosos de que a Bíblia poderia ter sofrido alterações em seu texto original depois de tantos anos e traduções.

A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus permanece para sempre:

O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31).


Os críticos e céticos em relação à Bíblia ficaram surpresos quanto à maneira pela qual o texto daqueles manuscritos se assemelha ao texto atual. Eles não encontraram nenhuma objeção evidente às principais doutrinas das Escrituras Sagradas. A parte bíblica da literatura descoberta em Qumran confirma o estilo de expressão verbal e o significado do Antigo Testamento que temos em nossas mãos na atualidade:

Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5.39).

Além das cópias das Escrituras do Antigo Testamento, as cavernas do Mar Morto também nos proporcionaram outras obras escritas. Esses documentos descrevem o estilo de vida e as crenças da misteriosa comunidade que viveu na região de Qumran. Embora não sejam escritos bíblicos, são registros valiosos que possibilitam a compreensão do contexto de vida e da cultura na época do Novo Testamento.

Infelizmente os estudiosos dão mais atenção a essas obras de menor relevância do que às Escrituras, ainda que os textos bíblicos sejam mais importantes para os problemas da vida, pois o legítimo plano de Deus para a redenção da humanidade só se encontra no texto da Bíblia.


Foto ilustrativa do Museu do Livro sua forma é de uma tampa que fechava a jarra com os manuscritos

UMA EXATIDÃO MARAVILHOSA

O grande rolo de isaías encontrado quase intácto em Qumran

O Manuscrito do Livro [i.e., rolo] de Isaías encontrado na caverna 1 da região de Qumran oferece um sensacional exemplo da transmissão exata do texto na tradução. Acredita-se que esse extraordinário manuscrito date de cem anos antes do nascimento de Jesus Cristo.

Foi um manuscrito semelhante a esse que Jesus utilizou na sinagoga da aldeia de Nazaré, quando leu a seguinte passagem das Escrituras: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres” (Lucas 4.18; Isaías 61.1). Dessa forma, Jesus afirmou claramente ser Ele mesmo o Messias de Deus, vindo ao mundo para conceder a salvação a todo aquele que O receber.

A mesma passagem bíblica traduzida diretamente a partir do Manuscrito do Livro de Isaías descoberto em Qumran (o qual é cerca de mil anos mais antigo do que o manuscrito hebraico [i.e., o Texto Massorético] no qual se basearam as outras traduções), é praticamente idêntica: O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque YHVH [N. do T., o tetragrama sagrado em hebraico que se refere ao nome supremo de Deus: Yahveh ou Javé] me ungiu para pregar as boas novas aos quebrantados”. A integridade da reivindicação de Cristo, conforme está escrita em nossas Bíblias, se confirma.

Infindáveis argumentações e debates têm surgido acerca desses manuscritos. Contudo, os crentes em Cristo podem estar certos de que tais manuscritos bíblicos antigos ratificam, apóiam e dão credibilidade à Bíblia que temos nos dias de hoje. A Palavra de Deus continua a ser a única fonte legítima da fé e da doutrina para todo aquele que busca recompensa eterna.

São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa” (Salmo 19.10-11).

A MAIS ANTIGA DAS ANTIGUIDADES




A cópia mais antiga das Escrituras do Antigo Testamento conhecida até o dia de hoje foi descoberta em 1979. São dois minúsculos rolos de manuscritos feitos de prata, que eram usados como talismãs e foram descobertos dentro de um túmulo em Jerusalém. O texto de sua inscrição foi cunhado em hebraico antigo. O manuscrito, surpreendentemente, continha uma citação da benção sacerdotal registrada em Números 6.24-26:

O Senhor te abençoe e te guarde;o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”.

A inscrição data do século VII a.C., por volta da época do templo de Salomão e do profeta Jeremias. Portanto, esses versículos, provenientes do quarto livro da Torah[i.e., do Pentateuco], são cerca de 400 anos mais antigos do que os Manuscritos do Mar Morto.

FINALIZANDO...

Sendo assim, pobre Muhammad! Ele tinha esperança de encontrar os tesouros deste mundo, mas achou apenas pergaminhos despedaçados que só prestavam para fazer correias de sandálias!

Lamentavelmente o lucro deste mundo é uma prioridade que absorve a pessoa completamente. O mundo considera as Escrituras Sagradas como algo sem valor; ou com alguma utilidade, de vez em quando, para serem citadas como “palavras da boca pra fora”, mas nunca para serem aceitas pela fé e praticadas.


Todavia, nós, os salvos em Cristo, temos um conhecimento mais apurado. Temos conhecimento suficiente para não desprezar o tesouro verdadeiro e incalculável que só pode ser descoberto quando se faz uma escavação no solo da Palavra de Deus.

A paz do Senhor Jesus a todos!

Fonte: Diversas