quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Filhos de Corá (Coré) - Esquecendo o passado e vivendo uma nova história!


Transformando o fracasso em vitória! (Nm 16:1-7, 31-35 e Nm 26:10 e11) 

A rebelião de Corá é um dos episódios mais tristes da Bíblia. Exemplo de fracasso e derrota, porém, em meio a esta situação, Deus preserva os filhos de Coré, e os põe para louvar no Templo, como símbolo da misericórdia e amor de Deus.

1 – UMA TRISTE REBELIÃO (Nm 16:1,2)

a) Perfil dos rebeldes (Nm 16:2):

- Príncipes da congregação;
- Respeitados nas solenidades;
- Homens de posição;
- Segundo Flávio Josefo, Coré e seus seguidores eram homens respeitados também pela grande riqueza que possuíam.

b) O mentor da rebelião: Coré ( ou Corá):

- Coré era filho de Jizar (Nm 16:1);
- Jizar era filho de Coate. “(Êx 6:18: “E os filhos de Coate: Anrão, e Izar, e Hebrom, e Uziel...)”;
- Coate era um dos três filhos de Levi. “(Êx 6.16: “E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gérson, e Coate, e Merari...)”;
- Como levita, Coré já servia no tabernáculo. (Nm 16:9,10);
- Coré e Moisés eram primos de 1º grau;
- Já Datã e Abirão eram da tribo de Rúben, e reivindicavam o governo civil.

c) Motivos da rebelião:

- Inveja;
- Acusaram Moisés e Arão de se exaltarem diante do povo (Nm 16.3);
- Acusaram Moisés de não levá-los a Terra Prometida, chamando o Egito de “terra que mana leite e mel”. (Nm 16:13,14 - O coração de Coré ainda estava no Egito!);
- Queriam o governo civil de Moisés e religioso de Arão, dizendo que todo Israel era santo e capaz de exercer tais atividades. O fato de serem santos, não quer dizer que sejam escolhidos para o ministério. Não está acontecendo isto também em nossas igrejas? (Nm 16:3);
- O maior motivo, excluindo todos os pretextos, era a busca por poder e exibicionismo!

2 – OS RESULTADOS DA REBELIÃO. (NM 16:5-7)

- Apresentaram-se perante o Senhor com incensários e incensos acesos;
- O desafio de Moisés: como prova de que Deus estava com ele, Coré não morreria de uma morte comum. (Nm 16:29-30);
- Desceram vivos ao sepulcro (Sheol), com todos os seus bens. (Nm 16:31-32) - “Foram sepultados vivos!”
- Os outros 250 homens foram consumidos pelo fogo do Senhor. (Nm 16.3) Josefo escreve que nunca se tinha visto fogo tão ardente, e que tais homens foram consumidos até não restar nada de seus corpos.
- Com os incensários foram feitas lâminas para recobrir a arca, como sinal a Israel. (Nm 16:38).

3 – EM MEIO A ESTE FRACASSO, SURGE UMA PROVA DO AMOR DE DEUS. (Nm 26:10,11)

Ao fazer o censo do povo para guerra, chega-se a tribo de Rúben e lembra-se do incidente de Datã e Abirão, citando os filhos de Coré.

“MAS OS FILHOS DE CORÉ NÃO MORRERAM” (Nm 26:11), 
Oh glória! Nosso Deus foi misericordioso ao poupar os filhos de Coré!

- Quem eram os filhos de Coré? (Êx 6:24 - “E os filhos de Coré: Assir, e Elcana, e Abiasafe)”.
- 1 Cr 6.31-32: “Estes são, pois, os que Davi constituiu para o ofício do canto na Casa do Senhor, depois que a arca teve repouso. E ministravam diante do tabernáculo da tenda da congregação com cantares, até que Salomão edificou a Casa do Senhor em Jerusalém; e estiveram, segundo o seu costume, no seu ministério”.
- Elcana, um dos filhos de Coré, foi antepassado de Samuel, não seu pai, de onde surgiu os músicos que serviam na Casa do Senhor. (1 Cr 6: 36-37 - havia um cantor de nome Hemã ...“...filho de Elcana, filho de Joel, filho de Azarias, filho de Sofonias, filho de Taate, filho de Assir, filho de Ebiasafe, filho de Coré)”.

4 – COMO FICARAM ESSES SOBREVIVENTES?

- Ficaram SEM parentesco. (Nm 16:32). Para os judeus, a genealogia é de grande valor; prezam pelas origens;
- Ficaram sem sua herança, seus bens materiais. (Nm 16:32-33);
- Sua família era lembrada como um mau exemplo, até mesmo depois de muito tempo! (Jd 11 - “Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá)”;
- Humanamente falando, era motivo de vergonha e fracasso! Se fôssemos alguns de nós, prefeririam ter morrido também, MAS ELES ESTAVAM NO TEMPLO, LOUVANDO AO SENHOR!

5 – OS FILHOS DE CORÁ ESCREVERAM UMA NOVA HISTÓRIA EM SUA EXISTÊNCIA! NÃO SE PRENDERAM AO PASSADO!

a) Serviram no templo. (1 Cr 6:31-37);
b) Escreveram pelo menos 12 dos 150 Salmos, entre eles:
- Salmo 42:1,2 - “Como o cervo anseia pelas correntes da águas, assim suspira a minha alma por Ti ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando entrarei e me apresentarei ante a face do Senhor?”;
- Salmo 44:23 - “Desperta, ó Senhor! Por que dormes? Acorda! Não nos rejeites para sempre”;
- Salmo 45 - Salmo messiânico que retrata o casamento de Cristo com sua igreja;


- Salmo 46:1 - “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”;
- Salmo 48:1 - “Grande é o Senhor e mui digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo”.
- Salmo 48:9 - “Lembramo-nos, ó Deus, do teu constante amor no meio do teu templo”.
- Salmo 48:14 - “Pois este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; Ele será nosso guia até a morte”;
- Salmo 49: Expressa o grande valor de uma alma. Nem mesmo o dinheiro de fazendas poderia comprá-la.
                                                                         (Samuel Eudóxio)
A paz do Senhor Jesus a todos!

sábado, 19 de setembro de 2015

E Asafe quase caiu


"Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória" Salmos 73:1-28

            Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com efeito, Deus é bom" (v.1). Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos" (v.2). Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor.
            Comecemos com os motivos que quase levaram Asafe à descrença.

I. ASAFE OLHOU PARA O HOMEM

            O erro de Asafe foi deixar de olhar para o Senhor para analisar o que acontecia com as pessoas à sua volta. Ao fixar os olhos na experiência dos homens, tirou conclusões que o levaram para muito perto da apostasia.

1. Asafe invejou os descrentes, (v.3-12)

            O próprio Asafe confessa que "invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos" (v.3). O que ele viu nos seus dias é a mesma coisa que você vê ao reparar no estilo de vida dos descrentes de hoje. Os descrentes viviam sem preocupações com doenças, "o seu corpo é sadio e nédio" (v.4). Além disso, "não são afligidos" (v.5). A conseqüência dessa vida despreocupada é "a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto" (v.6). Chegam a blasfemar, "contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra" (v.9). Asafe também notou que os descrentes geralmente são pessoas populares. Quanto mais ímpios forem, mais "o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos" (v.10). Ao invés de serem castigados, os descrentes, estão "sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas" (v.12). Isso deixava Asafe arrasado.
            Mas então, ele volta sua atenção para os crentes. E o que ele percebeu, não o fez sentir-se melhor.

2. Asafe lamentou a sorte dos crentes (v.13-14)

            Olhando para si mesmo, ele concluiu tristemente que "inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência" (v.13). A sua avaliação era de que a santidade não compensava, pois apesar de manter-se fiel "de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado" (v.14). Talvez você tenha chegado à mesma conclusão de Asafe, de que enquanto os descrentes prosperam no mundo, os crentes vivem uma vida de aflição. Quem sabe você concorda que quanto mais se consagra, mais dificuldades enfrenta.

            Antes de prosseguir, gostaria de dizer que você e Asafe não estão sozinhos. Cada um em seu tempo, tanto Jó, Davi, Isaías, Jeremias, Habacuque, Paulo como muitos outros observaram que poucos ricos serviam a Deus e no entanto pareciam prosperar cada vez mais. Enquanto que os crentes eram, nas palavras de Paulo, a "escória do mundo". Cada uma dessas pessoas reagiram a seu modo diante disso. A reação de Asafe quase o levou para longe da fé. E a sua? Qual a sua reação diante da prosperidade dos descrentes e do seu sofrimento?

II. ASAFE TORNOU-SE AMARGURADO

            A reação de Asafe, como dissemos, quase o levou para fora do arraial da fé. Ele se tornou um crente amargurado com o que via à sua volta e dentro de si.

1. Não conseguia compreender, (v.16)

            Primeiro, ele não conseguia compreender como as pessoas descrentes viviam melhores que os crentes. Nas suas palavras, "em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim"(v.16). Quanto mais pensava sobre o assunto, mais angustiado ficava. Como poderia um Deus justo deixar impune o perverso e diariamente submeter os crentes a uma disciplina rígida? Isso não entrava na cabeça de Asafe.

2. Não conseguia falar (v.15)

            Como um líder na congregação, Asafe não podia compartilhar suas dúvidas com seus companheiros, pois poderia semear a dúvida em seus corações. Aquilo que esmagava o seu coração não podia ser divido com outros, que poderiam desviar-se. Asafe até pensava em se abrir com alguém, mas então pensava que isso seria trair a fé de seus irmãos. Dizia ele, "se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos" (v.15). É bom destacar que a atitude de Asafe foi louvável, pois visava poupar a fé de irmãos mais fracos. Porém, ao se calar, foi cada vez mais consumido pela dúvida.

3. Não conseguia aceitar (v.21-22)

            Asafe não conseguia aceitar em seu coração essa situação. A amargura invadiu a sua alma. Mais tarde ele descreveria a sua situação nas seguintes palavras "quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram, eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença" (v.21-22). Você já veio alguma vez ao culto e de tão angustiado não conseguiu sentir a presença de Deus? Ao invés de prestar atenção ao que era ministrado, ficava remoendo sua situação? Então você entende como Asafe se sentia. Ele estava se tornando insensível às coisas de Deus.

          Mas então aconteceu algo que o tirou da situação em que se encontrava. Preste atenção, pois é isso que precisa acontecer com você, para que todas as dúvidas se dissipem e você possa se regozijar na presença de Deus.

III. ASAFE ENTROU NA PRESENÇA DE DEUS

            Até quando durou a crise espiritual de Asafe? Ele nos responde: "até que entrei no santuário de Deus" (v.17). Como ministro do louvor, é certo que ele estava sempre no templo. Porém, dessa vez, ele realmente se colocou diante de Deus. Ao invés de ficar olhando para o estilo de vida dos ímpios, olhou para o Senhor. Ao invés de 
procurar uma explicação racional para seu sofrimento dentro de si, voltou sua atenção para o seu Deus, e então as coisas se desanuviaram. Não é comparando a vida do descrente com a vida do crente que você encontrará as explicações que procura, mas colocando-se aos pés do Senhor, para aprender de Suas palavras.

1. Compreendeu o fim dos descrentes, (v.17-20; 27)

            Após 
entrar no santuário, Asafe disse "atinei com o fim deles" (.v17), referindo-se aos descrentes. Até então, Asafe tinha reparado apenas na situação presente dos ímpios, mas agora o Senhor lhe mostrava o fim deles. Aparentemente seguros, na verdade os ímpios viviam sob um perigo mortal, pois "Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição" (v.18). Deus não os deixará impunes em sua iniquidade, mas "ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror!" (v.19). Embora a sua prosperidade pareça nunca acabar "como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles" (v.20). Deus não esqueceu nem relevou a maldade dos ímpios, mas os está reservando para o dia do juízo, quando então terão a retribuição de sua maldade. Asafe comprendeu então que a longanimidade do Senhor não deve ser confundida com injustiça, pois "os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo" (v.27)

2. Descobriu a segurança dos crentes, (v.23-26; 28)

            Porém, a maior descoberta de Asafe não foi saber como os ímpios acabam, mas como os justos permanecem para sempre. Ele lembrou-se de algo que só o crente pode dizer: "todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita" (v.23). Em meio ao sofrimento, o crente não está sozinho nem desamparado. Na estrada íngrime da fé, só o crente pode dizer "Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória" (.24). Ao pensar nessas verdades, Asafe só podia exclamar "quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra" (v.25). Ah! meu irmão, Deus te basta! O Senhor te é suficiente! Se você tem Deus no céu e se deleita dele na terra, então nem a maior prosperidade dos ímpios nem o maior sofrimento irá te tirar a alegria da salvação! O segredo que Asafe descobriu é que "ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre" (v.26).

            O que é melhor, possuir todas as riquezas do mundo ou viver na presença de Deus? Depois de encontrar-se com Deus no santuário, Asafe não teve mais dúvidas: "quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos" (v.28). Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.

CONCLUSÃO



          Agora eu preciso falar de uma coisa muito séria. O que Asafe fez foi muito grave, pois quase o mergulhou na descrença. Mas foi ainda mais grave porque colocou em dúvida a bondade e a justiça de Deus. Se você, como ele, pensava que Deus agia de forma errada ao permitir que os ímpios prosperassem enquanto os crentes eram afligidos, também pecou contra o Pai. Por isso, precisa pedir perdão ao Senhor. Faça isso agora. E na mesma oração, confesse a Deus que Ele é teu socorro no céu e alegria na terra, e que tendo Ele em sua vida, nada lhe fará falta. Oremos a Deus.
                                                                                                  (Soli Deo Gloria)
A paz do Senhor Jesus a todos!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Fazendo a diferença no meio de uma geração corrompida


A paz do Senhor Jesus a todos!

Texto Bíblico: homens de que o mundo não era digno!” Hebreus 11:38

Fomos chamados para sermos diferentes em nossa geração!

1 – HOMENS QUE FIZERAM A DIFERENÇA EM SUA GERAÇÃO:

1.1- ENOQUE, fazia a diferença em sua geração, porque andava com Deus (Gn.5.22-24). Enoque simboliza a Igreja que anda com Deus, e será arrebatada ao encontro do Senhor;

1.2- JOSÉ, fazia a diferença em qualquer ambiente que vivia, porque era um homem sábio e ajuizado, que tinha o Espírito de Deus, e o Senhor era com ele (Gn.39.1-23 e Gn.41.38-39);

1.3- SAMUEL, fazia a diferença no meio de sua geração, porque era um homem honesto, e ninguém tinha do que lhe acusar – 1 Sm.12.1-5;  
  
1.4- JÓ, era um homem sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal, e fez a diferença no meio de sua geração (Jó.1.1 e 42.7-10);

1.5- DANIEL, fez a diferença no meio da geração corrompida da Babilônia, porque tinha no seu coração o propósito bem definido de servir somente ao seu Deus ( Dn.1.8 e 6.1-5). Algum tempo depois, o próprio Deus testemunhou da diferença que estes três homens: Noé, Daniel e Jó, fazia em meio a geração que viveram (Ez.14.14);

Gostaria agora de dar atenção a duas pessoas pelas quais as considero extraordinárias no que diz respeito ao tema hora abordado: ELIAS e PAULO.

1.6- ELIAS, fez a diferença em sua geração. Leonard Ravenhill em seu livro chamado POR QUE TARDA O PLENO AVIVAMENTO, ao falar sobre Elias diz que: 
a terra estava coberta de trevas, e o povo envolto em escuridão espiritual. E o pecado campeava. A nação se mostrava cada dia mais impura com a proliferação de templos pagãos e ritos idólatras; a toda hora subia ao céu a fumaça dos milhares de altares ímpios. E tudo isso acontecia no meio de um povo que se dizia descendência de Abraão, de uma gente cujos ancestrais haviam clamado a Deus nas horas de aflição, e dessa forma foi liberto das suas tribulações. Como estava distante o Deus da glória! O sal perdera seu sabor! O ouro perdera o polimento! E em meio a toda essa imensa apostasia, Deus levantou um homem; não uma comissão, nem uma nova denominação, nem um anjo, mas um homem, com sentimentos semelhantes aos nossos. Deus procurou entre eles um homem, não para pregar, mas para se colocar na brecha. E, como Abraão fizera antes, agora Elias estava na presença do Senhor.” É importante ressaltar que: “Simples pregadores podem ajudar muita gente, sem prejudicar a ninguém; mas os profetas de Deus agitam a todos, ao mesmo tempo que deixam o diabo louco.
O PREGADOR TALVEZ AGRADE AO POVO; UM PROFETA O CONTRARIARÁ! O homem que se mostra descompromissado, inspirado e cheio de Deus, está sujeito a ser taxado de impatriota, por censurar os pecados de sua nação, ou de descaridoso porque sua língua é como espada de dois gumes; ou de desequilibrado porque o peso da opinião da maioria dos pregadores é contrária a ele.
O MERO PREGADOR É ACLAMADO; O PROFETA DE DEUS É PERSEGUIDO... João Batista conseguiu ficar seis meses solto. EM NOSSOS DIAS, NUMA DE NOSSAS CIDADES, NEM ELE NEM ELIAS TERIAM VIVIDO UM MÊS. TERIAM SIDO PRESOS ANTES DISSO, LANÇADOS NUMA PRISÃO OU NUM HOSPITAL DE DOENTES MENTAIS, ACUSADOS DE JULGAREM OS OUTROS, E DE NÃO ABRANDAREM UM POUCO SUA MENSAGEM.Disso eu não tenho dúvidas. Enfim, Elias fez a diferença em sua geração!

1.7- PAULO, fez a diferença em sua geração. Novamente venho citar Leonard Ravenhill, “Pensemos um pouco em Paulo. Após receber uma poderosa unção do Espírito Santo, ele saiu pela Ásia menor para travar ali uma intensa batalha espiritual, causando agitação nos mercados, sinagogas e palácios. E ia a toda parte, tendo no coração e nos lábios o grito de guerra do evangelho. Diz-se que foi Lenine quem disse o seguinte: “Os fatos não podem ser contestados”. Analisando as realizações de Paulo e comparando-as às dos crentes de nossa geração, que fazem tantas concessões ao mundo, temos que concordar com ele. Paulo não era um pregador que apenas falava a toda uma cidade; ele a abalava totalmente. Mas ainda assim tinha tempo para sair batendo às portas das casas, e para orar pelos perdidos que encontrava pelas ruas... Pentecostes SIGNIFICA DOR, mas o que mais experimentamos é prazer; SIGNIFICA PESO, mas nós amamos a comodidade. Pentecostes SIGNIFICA PRISÃO, e, no entanto, a maioria dos crentes faria qualquer coisa, menos ir para a prisão por amor a Cristo. Se revivêssemos a experiência do pentecostes, talvez muitos de nós fossem parar na cadeia. Eu disse “pentecostes”, não “pentecostalismo”. E não estou querendo atirar pedras em ninguém. Imaginemos a experiência do pentecostes se repetindo em uma igreja no próximo domingo. O pastor, como Pedro, é revestido de poder. E, pela sua palavra, Ananias e sua esposa caem mortos ao chão. Será que o crente moderno toleraria isso? E não pára aí. Paulo determina que Elimas fique cego. Em nossos dias, isso implicaria na abertura de processo contra o pregador... Depois de obter a paz com Deus, Paulo declarou guerra a tudo que era contra Deus... 
Vamos olhar Paulo de perto, o seu rosto magro, seu corpo coberto de cicatrizes, a figura encurvada de um homem castigado pela fome, quebrantado pelos jejuns e pelas chicotadas; seu corpo mirrado, brutalmente apedrejado em Listra, passando fome em muitos outros lugares; e sua pele ressequida e rachada depois de trinta e seis horas exposto às intempéries no Mediterrâneo. E acrescentemos a essa lista perigos e mais perigos; multiplicando pela solidão; contemos as cento e noventa e cinco chibatadas, os três naufrágios, os três açoitamentos com varas, um apedrejamento, suas prisões, e as “mortes” que foram tantas que se perdeu a conta. Contudo, se pudéssemos somar tudo isso, teríamos que obter como resultado um zero, pois era assim que ele considerava essas coisas. Ouçamos o que ele diz: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação...”  Isso é que é menosprezar o sofrimento!.. Paulo odiava o mundo e por isso o mundo o odiava. Nós também precisamos dessa mesma disposição de fazer oposição...
...E observemos ainda o testemunho de um membro da força das trevas: “Conheço a Jesus, e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (At 19.15). ESSE É O MAIOR ELOGIO QUE O INFERNO PODE FAZER A ALGUÉM: ASSOCIAR SEU NOME AO DE JESUS.” PAULO PELO SEU TESTEMUNHO ERA CONHECIDO ATÉ NO INFERNO! Que exemplo de servo... diferentemente de hoje onde é difícil distinguir o crente do descrente. 
Me lembrei de um jovem que havia incorporado no Exército. Na igreja, uma irmã chegou para este jovem e disse: Você deve estar passando por uma prova muito grande lá dentro do exército né irmão?! O jovem respondeu: Que nada irmã... eles nem sabem que eu sou crente... 
Fomos chamados para ser sal neste mundo! e não para sermos confundidos com os ímpios...
Por fim, ao finalizar essas palavras sobre quem foi Paulo de Tarso deixo essa frase dita por Leonard Ravenhill da qual jamais esquecerei: “ENQUANTO PAULO VIVEU, O INFERNO NÃO TEVE PAZ.”

1.8- NÓS também, fomos chamados para fazermos a diferença em meio a geração perversa e corrompida em que vivemos, onde devemos resplandecer como astros no mundo – Fp.2.15

Nossa meta deve ser apenas Deus! É sua honra que está sendo conspurcada; é seu bendito Filho quem está sendo ignorado, suas leis que estão sendo transgredidas, seu nome profanado, seu Livro esquecido, e sua casa está se tornando um círculo social.

Devemos ser como as garças, que, apesar de estarem pisando na lama, suas penas permanecem brancas. 
Calçados com os sapatos da preparação do Evangelho da paz, poderemos caminhar neste mundo sem se contaminar com ele (Ef.6.15). 

Fiquem na Paz do Senhor Jesus!